Processos de sustentabilidade estão cada vez mais enraizados dentro das organizações, e neste cenário, a comunicação entra como uma ferramenta imprescindível, servindo para alavancar ações e comunicar os diversos públicos internos, além de engajar estrategicamente todos os stakeholders. Os setores de sustentabilidade e comunicação precisam andar juntos, já que são olhares complementares - o de sustentabilidade é responsável pelo que precisará ser comunicado, e o de comunicação por como será comunicado.
A galera da comunicação é responsável por difundir informações aos embaixadores da marca, criando o canal aberto, pensado estrategicamente com os stakeholders. Ela é responsável por liderar esse movimento, afinal é quem cuida, quem zela, quem fortalece diariamente a marca, e é quem tem um olhar atento para sincronizar o discurso com o zeitgeist. Cada caso demanda uma estratégia, mas sempre é preciso lembrar que criar uma relação é algo que se desenvolve com o tempo, não nasce da noite para o dia.
Isso também acontece na área de sustentabilidade. Ela precisa ir além daquelas ações bonitas que deverão fazer parte do relatório da empresa. É preciso que a organização realmente viva isso no cotidiano, do contrário, vira greenwashing! As práticas sustentáveis englobam o cenário social, econômico e ambiental, e as escolhas de o que fazer e como fazer vão orientar a organização na construção de confiança, no aumento de credibilidade e no encorajamento da equipe no momento em que as mudanças começarem a acontecer dentro da empresa (e até mesmo fora dela), respingando em toda a cadeia de fornecedores.
Para isso, as demandas precisam estar na agenda do presidente da empresa, precisam estar ligadas à alta direção. Se não estiverem lá, dificilmente chegarão em outras áreas. Esse combo comunicação e sustentabilidade precisa estar agregado às metas comerciais, às metas de produtividade, à área de compras, de logística... Se não estiver atrelado às outras áreas no dia a dia de uma organização, é muito provável que sejam em algum momento deixadas de lado. Requerem estar dentro do roadmap de crescimento da empresa. É por isso que reforço a necessidade de que a comunicação e a sustentabilidade precisam andar de mãos dadas e devem se reportar diretamente à mais alta gestão da organização.
Trabalhamos hoje com um público cada vez mais exigente, demandando respostas cada vez mais rápidas, mais céleres e com maior transparência. E é por isso que precisamos pensar no termo velocidade, e não é segredo que diferentes diretorias atrasam esse processo. O interessante é ter um alinhamento único que diga para todos: é por aqui que vamos. E uma liderança que abrace os setores de comunicação e sustentabilidade, sendo a primeira a levantar a bandeira das ações planejadas pelo time.
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