Construir projetos que estejam alinhados a um futuro autossustentável em três eixos que se complementam - economia, meio ambiente e política social - trabalhando efetivamente com e pelas comunidades inseridas nele, desenvolvendo o pertencimento coletivo e um legado sólido para as gerações atuais e futuras. Esse conceito é uma condição sinequanom para empresas de qualquer porte que estejam, verdadeiramente, focadas na transformação de seus ecossistemas interno e externo. O entendimento é difícil? Então vamos esquecer os jargões e colocar energia em qual é a sistemática necessária para ter os resultados que queremos no mundo real. Instigar comunidades empreendedoras é fazer com que elas não precisem de sua empresa para sobreviver, ou seja, empoderar sem depender. Entender quais as suas dores e pensar estrategicamente em como solucionar isso. Nesta seara, uma das questões imprescindíveis é a imersão, e nesta etapa é preciso perder os preconceitos, conhecer as pessoas, ter uma visão do todo, olhar e estimular as potencialidades da comunidade, entendendo o que precisam e o que sua empresa pode oferecer.
Muitas organizações não conseguem ter sucesso em seus projetos porque não mapearam nem sentiram o que de fato suas comunidades queriam. Não adiantam achismos. Elas são organismos vivos, precisam e merecem de atenção in loco. Requerem a visão da big picture, do todo, globalmente falando, e a educação é outra peça-chave desta sistemática, que deve estudar como será o encaixe no cenário cultural da região, sem deixar de olhar as tradições. Mais do que isso, o público tem que entender como podem incorporar valor ao trabalho, em capacitações que tenham a proposta voltada para as habilidades locais, injetando recursos para que as pessoas vivam melhor. A empresa deve mentorear estas comunidades para saber o que faz parte de seu DNA, trabalhando junto às escolas, professores, jovens e adultos, indo até eles, e não o caminho inverso, promovendo também uma educação empreendedora.
Qual é o seu legado?
Dentro da sistemática que estamos esmiuçando temos as métricas, que devem ser levadas em consideração para definir onde o projeto quer chegar, além das importantíssimas ações de engajamento de equipes, uma balança que demanda trabalho interno e externo full time, já que não faz o menor sentido que o projeto exista sem o conhecimento e o alinhamento das equipes que trabalham nele, e do feedback das comunidades que fazem parte dele. Este retorno é a peça que falta para transformar os pontos de contato, que começaram na imersão, e vão continuar sendo monitorados, traduzindo e medindo como a mensagem da empresa está chegando nas regiões de abrangência do projeto. E olha, não tem nada a ver com relatórios sociais. São indicadores reais que mostram como deve ser o método de trabalho com visão empreendedora fora do óbvio, em negócios que conseguem escalar, aumentam suas percepções de risco e criam situações que não conseguiriam se ficassem no feijão com arroz. Estamos falando de uma empresa comprometida em alcançar melhores resultados para os dois ecossistemas, a partir de suas ações sociais e de relacionamento. Uma herança importantíssima de transparência e respeito.
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